terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A segurança pública, A saúde E A educação dever do Estado, direito e responsabilidade de todos



Quando se trata de segurança publica ouvi-se muitos dizerem, que segurança publica é dever do estado, por tanto a segurança publica compete apenas ao governador do estado ao oferecer tal serviço, mas muitas vezes, até mesmo profissionais da área da segurança publica dizem isto, e afirmam que é a constituição federal que expressa assim, e de uma forma decorativa dizem o trecho do artigo 144 da C/F, A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, então, diante desta leitura adquirem uma interpretação erronia, sendo assim, vamos dar uma lida no artigo 196 da C/F? Veja.
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. E ainda, o artigo 205, A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Seguindo esta interpretação distorcida da constituição por muitas pessoas, inclusive alguns policiais militares e comandantes, que não se motivam a dar uma lida mais profunda no assunto, pode se dizer, que a saúde publica e a educação publica assim como a segurança publica  é só de competência do governo estadual, sendo assim, são inconstitucionais as escolas e hospitais municipais.
E o que é mais engraçado é que todo mundo sabe sobre a função da guarda municipal! Dizendo que é para tomar conta do patrimônio publico. Muitos enchem as bocas e dizem com autoridade que, a guarda municipal não tem poder de policia. Por isso, não podem prender ninguém.
Alguns colegas dizem que os prefeitos não têm conhecimento do assunto guarda municipal e o poder de policia da administração publica,  poderíamos até falar um  pouco sobre o código tributário no seu artigo 78,Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos, mas penso que eles sabem sim! e até mais do que qualquer outra pessoa, o grande x da questão é que não criando, investindo ou não atuando nesse setor, estarão livres de gastos como pagamento de vários direitos que os guardas terão, estarão livres também de possíveis indenizações e  de políticas de segurança publica os quais lhes trarão responsabilidades, se o povo nem o próprio ministério publico os cobrão ou fiscalizam nesse sentido, por que eles iriam se manifestar? É claro que eles estão se aproveitando disso para sua comodidade, para não dizer lucratividade, pois, se não gastar, sobra mais.
E o povo decora o que eles querem, assumindo a própria culpa de uma administração, que não leva a serio a coisa publica, quando não querem apontar o verdadeiro culpado dizem:
- A culpa é do povo, que não sabem escolher seus candidatos! Coitado do povo, até isso.
Respeitem o povo, respeitem a constituição e respeitem a se próprios.
Diante disto e da cegueira política, é de se lembrar do nosso poeta Rui Barbosa, que disse: 
Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra. Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o "eu" feliz a qualquer custo, buscando a tal "felicidade" em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo. Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos "floreios" para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre "contestar", voltar atrás e mudar o futuro. Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer... Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir, pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade. Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro! "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem- se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, A rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto"


Reinaldo Filho.
Guarda Municipal de Maracás BA.






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